QUANDO A MASTURBAÇÃO FAZ MAL A SAÚDE?
Ainda hoje há muita controvérsia em torno da masturbação, tanto da masculina quanto da feminina, também chamada de auto-erotismo ou sexo solitário e há muitos mitos e preconceitos em torno do assunto.
Há quem diga que a masturbação debilita fisicamente, atrapalha o crescimento, faz mal à memória, provoca doenças mentais, afina o pênis, vicia, etc. O certo é que todas essas informações são ultrapassadas por não serem comprovadas cientificamente.
Além dos tabus e dos mitos a respeito desta prática sexual, a repressão sexual, o desconhecimento sobre o próprio corpo e a desaprovação de algumas filosofias religiosas ainda contribui para a evitação de tal prática.
A maioria dos especialistas concorda que masturbação é uma coisa
natural. Muitos estudos, inclusive, apontam que nós nos masturbamos já
no útero. Imagens de ultrassom mostram fetos tocando o que seriam seus
genitais, em um movimento que os cientistas consideram similar à
masturbação.
E, apesar de os pesquisadores ainda não terem conseguido explicar a
masturbação do ponto de vista evolutivo, ela deve ter alguma utilidade,
pois até os animais a praticam. Quem nunca teve um cachorro pendurado em
sua perna?
Cães, gatos, elefantes, esquilos, tartarugas, cavalos, macacos… Muitos
animais se masturbam. Mas de forma diferente do homem. Alguns não se
masturbam até o orgasmo, enquanto esse parece ser o nosso objetivo na
masturbação.
A maior incidência de pessoas que se masturbam está entre os homens, especialmente durante a adolescência, período em que os testículos estão atingindo a maturidade, provocando o aumento dos hormônios sexuais. Os hormônios estimulam as fantasias e o desejo, crescendo a necessidade da prática sexual e pela falta de oportunidade de contatos sexuais, o adolescente acaba se satisfazendo através da masturbação.
Nestes termos a masturbação exerce o papel de auto-conhecimento e auto-reguladora da libido. É o momento em que o adolescente conhece o seu prazer e identifica os seus limites. As fantasias sexuais presentes no comportamento masturbatório exercem papel fundamental na sexualidade. O auto-erotismo é a fonte de evasão de tis fantasias. As crianças, por exemplo, em torno dos dois anos, pouco a pouco vão descobrindo o sentido do prazer em suas genitais, onde sem qualquer malicia, aprendem a tocar-se.
Nos homens, estudos descobriram que a masturbação pode aumentar a
contagem de esperma, ao se livrar de sêmen que perdeu a sua vitalidade
e, portanto, aumentando as chances de que esperma jovem seja ejaculado
durante a relação sexual.
Além disso, especialistas concordam que a masturbação pode ser
saudável. O ato pode ser uma maneira de conhecer seu corpo e sentir-se
bem, sem correr riscos.
A masturbação realmente se torna preocupante e patológica quando passa a ser compulsiva, praticada inúmeras vezes por dia, tornando-se a única forma e fonte de prazer, passando a ser o principal veículo de atenuação da ansiedade ou quando, a prática masturbatória toma o espaço do contato sexual convencional, fazendo a relação sexual desnecessaria e trazendo prejuízos na convivencia conjugal.
Lendas urbanas
Masturbação faz mal para a saúde? Especialistas afirmam que, do
ponto de vista médico, não existe qualquer problema na masturbação
masculina ou feminina. A masturbação não causa mal nenhum, desde que não
seja algo compulsivo. Se a pessoa interrompe sua vida social para se
masturbar, ou só consegue pensar nisso, pode ser importante procurar um
médico. Caso contrário, não há nada de errado em se masturbar.
Masturbação causa espinha, pelos nas mãos, etc? Não existe nenhuma
evidência científica de que masturbação cause espinha, ganho de peso,
impotência sexual, faça crescer pelos nas mãos, cause infertilidade,
entre muitos outros mitos que rolam por aí. Bote na cabeça de uma vez
por todas: a masturbação não tem consequências físicas comprovadas. E,
não, ninguém vai saber que você acabou de se masturbar através de algum
sinal físico.
Quantas vezes é normal se masturbar? Não existe uma quantidade
“normal”. Cada pessoa é única e tem que descobrir o que funciona melhor
para ela. Vale a regra já mencionada: se estiver atrapalhando a sua
vida, se você se sentir mal ou culpado, ou se a masturbação estiver
ocupando lugar de relacionamentos sociais, pode ser o caso de procurar
ajuda médica. De resto, masturbe-se o quanto você quiser.
Posso usar acessórios para me masturbar? Poder, pode. Mas médicos e
especialistas recomendam que você use somente mãos e dedos. Assim você
se explora sem maiores riscos. As pessoas podem se ferir ao usar objetos
durante a masturbação. É preciso ter muito cuidado.
Masturbação acaba com desejo sexual e com vontade de fazer sexo a
dois? De forma alguma. A masturbação não acaba com o desejo na hora do
sexo com o parceiro ou parceira. Pelo contrário, a tendência é aumentar a
libido com o tempo. Para os homens, pode ser difícil se masturbar e
querer ter uma relação sexual minutos depois. Eles precisam esperar um
pouco para ter outro orgasmo. Para as meninas, no entanto, não há
limites. O organismo feminino não precisa do tempo de espera que o
masculino exige. Isso por que mulheres não ejaculam. No geral, a
masturbação não só não diminui o desejo, como pode aumentá-lo.
Masturbação estimula o desejo sexual? O ato de se masturbar pode sim
ajudar na liberação de fantasias sexuais. A pessoa pode vivenciar as
coisas que gosta em sua cabeça, e assim ir se descobrindo e não ficar
reprimida na hora do sexo com um parceiro. Isso é bom para estimular o
desejo. Quem se masturba conhece melhor o próprio corpo e os seus
desejos, logo, é mais confiante sobre o sexo e fica mais relaxado e
menos ansioso na hora da relação. Isso vale tanto para a mulher quanto
para o homem.
É feio ou errado mulher se masturbar? Claro que não. O preconceito
das mulheres com a masturbação é o que leva muitas delas a crescer sem
conhecer o próprio corpo e ter mais dificuldade para atingir o orgasmo. A
mulher poderia orientar o parceiro se ela soubesse como alcançar seu
prazer máximo. Especialistas recomendam: olhe-se, toque-se. Use um
espelho para ver como é seu corpo, como ele funciona, como você reage
aos estímulos, etc. Sem medo!
Masturbação e saúde: evidências científicas
Um estudo afirmou que é possível que ejaculações frequentes durante a
vida adulta diminuam a chance de risco de câncer de próstata na “melhor
idade”, mas até hoje não se achou uma comprovação disso.
Já outro apontou exatamente o contrário: que homens com vida sexual
ativa entre seus 20 e 30 anos têm maior probabilidade de desenvolver
câncer de próstata no futuro. As chances de desenvolver a doença
aumentam se a masturbação for um ato frequente.
Ou seja, quem se masturba muito quando jovem, aos 50 ou 60 anos, tem
mais chance de ter câncer de próstata. Os pesquisadores acreditam que
isso tem a ver com os hormônios masculinos. Porém, como não é possível
afirmar uma coisa ou outra com certeza, a relação entre masturbação e
câncer de próstata permanece um mistério.
Mas tem outro caso clínico no qual a masturbação tem um benefício
real: no alívio para quem sofre da síndrome das pernas inquietas (SPI).
Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que a
masturbação alivia cerca de 7% a 10% das pessoas que sofrem da condição.
Isso pode ser devido a liberação de dopamina após o orgasmo, que pode
ser determinante no alívio dos sintomas da doença.
Técnicas de masturbação
Masculina
Existem variações sobre masturbação, que depende de vários fatores, e
cada técnica é individual. A maioria dos homens se masturbam ao agarrar
o pênis com a mão, passando de cima para baixo ou de trás para a
frente, dependendo da posição do indivíduo. Outros, que não utilizem
todo o lado aderência, pressionam a região do frenulum
entre os dedos indicador e medio e o polegar pelo outro lado. Outra
técnica é usar duas mãos sobre o pênis, enquanto uma só esfrega seu
pênis com um lado e outra estimula os testículos ou mamilos, entre
outras partes do corpo.
Os homens não circuncidados,
normalmente, não requerem o uso de lubrificantes, uma vez que o
prepúcio atenua os efeitos da fricção direta sozinho. Embora esse
sentimento é usado para adicionar à sua atividade. O uso de
lubrificantes é mais comum entre os homens que têm pênis circuncidado, a
fim de facilitar o deslizamento da mão sobre a glande. Existem
aparelhos mecânicos e elétricos para os homens se masturbarem, como
bonecas infláveis, vaginas artificiais, bombas de vácuo, etc. Homens
também podem utilizar vibradores, concentrando a sua atividade na região
do frenulum.
Feminina
A técnicas de masturbação feminina (imagem) constitui que a mulher pressione e/ou esfregue sua vulva, especialmente o clítoris, com o seu dedo indicador e/ ou dedo médio. Às vezes, um ou mais dedos podem ser inseridos na vagina para promover a estimulação interna. A masturbação pode ser auxiliada com um vibrador, dildo ou bolas Ben-wa, que também pode ser usado para estimular a vagina e o clitóris.
No caso da masturbação praticada pelas mulheres quase sempre
predominou uma maior repressão por parte da sociedade em relação à
masturbação masculina, o que se enquadra no contexto da sexualidade
feminina.
Sempre existiu o temor de que se uma adolescente masturbar-se com
objetos poderia perder sua virgindade, o que não é verdade, embora em
raríssimos casos possa ocorrer uma ruptura do hímen.
No entanto, a masturbação feminina tem representado uma espécie de
libertação sexual e de alívio para muitas mulheres. Seja na busca do
orgasmo que nem sempre é alcançado numa relação sexual com o parceiro ou
então para o conhecimento do próprio corpo e até mesmo para preencher
os momentos de solidão. Serve também como um complemento após o coito já
que o prazer feminino é contínuo e mais longo do que o orgasmo
masculino, o qual termina com a ejaculação.
Assim, é possível que o sentimento de superioridade machista, ao lado
das ideias religiosas, tenha reprimido tão severamente a masturbação
das mulheres até os dias de hoje.
Actualmente, muitos casais têm experimentado na masturbação mútua
uma nova forma de prazer sexual. Seja como um método contraceptivo no
período fértil da mulher ou para diversificar as relações sexuais,
inclusive como uma preliminar, pois tem-se verificado que a observação
de atos masturbatórios praticados pela mulher pode ajudar na excitação
do homem.
Sabe-se também que o tempo gasto numa masturbação feminina pode ser
bem mais longo e muito mais intenso do que numa relação sexual com
penetração, embora nem sempre a mulher tenha vontade de procurar o
prazer sexual tocando no próprio corpo. E, ao contrário da masturbação
masculina, em que o desejo sexual pode diminuir após a ejaculação,
muitas mulheres ficam até mais excitadas depois que se masturbam, ao
invés de se sentirem aliviadas, tornando-se, portanto, uma preparação
para o sexo penetrativo.
ler sobre a masturbação,ajudou a evoluir muito,isto no ponto de visto intelectual.Agora eu ja tenho uma outra forma de encarar esta prática sexual,obrigado....
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