sexta-feira, 15 de junho de 2012

PAIS, COMO AGIR DIANTE DAS PRIMEIRAS ATITUDES SEXUAIS DAS CRIANÇAS?

     Atitudes como: olhar as genitais de outras crianças ou adultos, pretender tocar em seus próprios genitais ou de terceiros, tentar beijar outras crianças, roçar as genitais em objetos ou em outras pessoas, tentar tocar nas genitais dos pais, curiar outras pessoas despidas ou trocando de roupas, se deitar com outras crianças em posições sexuais, etc., são apenas alguns exemplos de atitudes que a criança esboça naturalmente.

     As primeiras atitudes iniciam-se em torno dos três anos de idade, dependendo diretamente do meio em que a criança convive e dos estímulos que recebe.  As crianças não exercem as atitudes eróticas, se valendo de interesses e motivações sexuais, são comportamentos copiados e repetidos daquilo que a crinaça vê ou ouve falar, sem qualquer entendimento.

     Quase sempre os adultos se surpreendem com as atitudes sexuais das crianças.  Nem sempre os pais, educadores, familiares, estão preparados para lidarem com as atitudes surpreendentes das crianças que suscitam episódios sexuais.

     Não há uma fórmula pronta de como os pais devem agir diante das atitudes sexuais das crianças, no entanto, os mesmos (pais) não devem adotar comportamentos de força, para não despertar, chocar ou confundi-las com suas atitudes.  Os próprios coleguinhas levam as crianças a sua autodescoberta.  Nestes termos os pais precisam passar segurança e tranquilidade ao surpreenderem seus filhos em atitudes sexuais.

     É importante que as crianças brinquem mais com outras crianças da mesma faixa etaria, que estejam sempre à vista de alguém conhecido dos pais e que conheçam os padrões culturais e comportamentais dos coleguinhas.  Conversem com seus filhos e indaguem sem repressão sobre as brincadeiras com os outros colegas.

     Ao surpreenderem os filhos em gestos ou comportamentos obscenos, devem os pais, desviar a atenção das crianças para outras motivações, sem repressão, castigo ou ameaças.  Em outras ocasiões, a título de diálogo, devem explicar às crianças o que é certo e o que não é certo, o que pode ou não pode, o que deve ou não deve ser feito pela criança.  As dúvidas das crianças devem ser respondidas na medida do seu entendimento e linguajar, sem distanciar demasiadamente da verdade.

  As informações sexuais não devem ser antecipadas nem devem ser negadas ou respondidas de forma evasiva. Os pais não devem deixar dúvidas na cabeça das crianças, nem deixá-las com a sensação de estarem sendo enganadas.

     Tudo deve acontecer naturalmente.  Se os pais não supervalorizarem as primeiras atitudes ou descobertas sexuais das crianças esta fase passará mais rapidamente, sem qualquer sequela para elas.

     O grande segredo dos pais é saberem ser pacientes e sutis no acompanhamento das descobertas socio-sexuais de seus filhos.

terça-feira, 12 de junho de 2012

QUANDO A MASTURBAÇÃO FAZ MAL A SAÚDE?

     Ainda hoje há muita controvérsia em torno da masturbação, tanto da masculina quanto da feminina, também chamada de auto-erotismo ou sexo solitário e há muitos mitos e preconceitos em torno do assunto.

 

     Há quem diga que a masturbação debilita fisicamente, atrapalha o crescimento, faz mal à memória, provoca doenças mentais, afina o pênis, vicia, etc.  O certo é que todas essas informações são ultrapassadas por não serem comprovadas cientificamente.

 

     Além dos  tabus e dos mitos a respeito desta prática sexual, a repressão sexual, o desconhecimento sobre o próprio corpo e a desaprovação de algumas filosofias religiosas ainda contribui para a evitação de tal prática.

 

     A maioria dos especialistas concorda que masturbação é uma coisa natural. Muitos estudos, inclusive, apontam que nós nos masturbamos já no útero. Imagens de ultrassom mostram fetos tocando o que seriam seus genitais, em um movimento que os cientistas consideram similar à masturbação.

E, apesar de os pesquisadores ainda não terem conseguido explicar a masturbação do ponto de vista evolutivo, ela deve ter alguma utilidade, pois até os animais a praticam. Quem nunca teve um cachorro pendurado em sua perna?

 

       Cães, gatos, elefantes, esquilos, tartarugas, cavalos, macacos… Muitos animais se masturbam. Mas de forma diferente do homem. Alguns não se masturbam até o orgasmo, enquanto esse parece ser o nosso objetivo na masturbação.

 

       A maior incidência de pessoas que se masturbam está entre os homens, especialmente durante a adolescência, período em que os testículos estão atingindo a maturidade, provocando o aumento dos hormônios sexuais.  Os hormônios estimulam as fantasias e o desejo, crescendo a necessidade da prática sexual e pela falta de oportunidade de contatos sexuais, o adolescente acaba se satisfazendo através da masturbação.

 

     Nestes termos  a masturbação exerce o papel de auto-conhecimento e auto-reguladora da libido. É o momento em que o adolescente conhece o seu prazer e identifica os seus limites.  As fantasias sexuais presentes no comportamento masturbatório exercem papel fundamental na sexualidade.  O auto-erotismo é a fonte de evasão de tis fantasias.  As crianças, por exemplo, em torno dos dois anos, pouco a pouco vão descobrindo o sentido do prazer em suas genitais, onde sem qualquer malicia, aprendem a tocar-se.

 

     Nos homens, estudos descobriram que a masturbação pode aumentar a contagem de esperma, ao se livrar de sêmen que perdeu a sua vitalidade e, portanto, aumentando as chances de que esperma jovem seja ejaculado durante a relação sexual.

Além disso, especialistas concordam que a masturbação pode ser saudável. O ato pode ser uma maneira de conhecer seu corpo e sentir-se bem, sem correr riscos.

 

     A masturbação realmente se torna preocupante e patológica quando passa a ser compulsiva, praticada inúmeras vezes por dia, tornando-se a única forma e fonte de prazer, passando a ser o principal veículo de atenuação da ansiedade ou quando, a prática masturbatória toma o espaço do contato sexual convencional, fazendo a relação sexual desnecessaria e trazendo prejuízos na convivencia conjugal.


Lendas urbanas

  • Masturbação faz mal para a saúde? Especialistas afirmam que, do ponto de vista médico, não existe qualquer problema na masturbação masculina ou feminina. A masturbação não causa mal nenhum, desde que não seja algo compulsivo. Se a pessoa interrompe sua vida social para se masturbar, ou só consegue pensar nisso, pode ser importante procurar um médico. Caso contrário, não há nada de errado em se masturbar.

  • Masturbação causa espinha, pelos nas mãos, etc? Não existe nenhuma evidência científica de que masturbação cause espinha, ganho de peso, impotência sexual, faça crescer pelos nas mãos, cause infertilidade, entre muitos outros mitos que rolam por aí. Bote na cabeça de uma vez por todas: a masturbação não tem consequências físicas comprovadas. E, não, ninguém vai saber que você acabou de se masturbar através de algum sinal físico.

  • Quantas vezes é normal se masturbar? Não existe uma quantidade “normal”. Cada pessoa é única e tem que descobrir o que funciona melhor para ela. Vale a regra já mencionada: se estiver atrapalhando a sua vida, se você se sentir mal ou culpado, ou se a masturbação estiver ocupando lugar de relacionamentos sociais, pode ser o caso de procurar ajuda médica. De resto, masturbe-se o quanto você quiser.

  • Posso usar acessórios para me masturbar? Poder, pode. Mas médicos e especialistas recomendam que você use somente mãos e dedos. Assim você se explora sem maiores riscos. As pessoas podem se ferir ao usar objetos durante a masturbação. É preciso ter muito cuidado.

  • Masturbação acaba com desejo sexual e com vontade de fazer sexo a dois? De forma alguma. A masturbação não acaba com o desejo na hora do sexo com o parceiro ou parceira. Pelo contrário, a tendência é aumentar a libido com o tempo. Para os homens, pode ser difícil se masturbar e querer ter uma relação sexual minutos depois. Eles precisam esperar um pouco para ter outro orgasmo. Para as meninas, no entanto, não há limites. O organismo feminino não precisa do tempo de espera que o masculino exige. Isso por que mulheres não ejaculam. No geral, a masturbação não só não diminui o desejo, como pode aumentá-lo.

  • Masturbação estimula o desejo sexual? O ato de se masturbar pode sim ajudar na liberação de fantasias sexuais. A pessoa pode vivenciar as coisas que gosta em sua cabeça, e assim ir se descobrindo e não ficar reprimida na hora do sexo com um parceiro. Isso é bom para estimular o desejo. Quem se masturba conhece melhor o próprio corpo e os seus desejos, logo, é mais confiante sobre o sexo e fica mais relaxado e menos ansioso na hora da relação. Isso vale tanto para a mulher quanto para o homem.

  • É feio ou errado mulher se masturbar? Claro que não. O preconceito das mulheres com a masturbação é o que leva muitas delas a crescer sem conhecer o próprio corpo e ter mais dificuldade para atingir o orgasmo. A mulher poderia orientar o parceiro se ela soubesse como alcançar seu prazer máximo. Especialistas recomendam: olhe-se, toque-se. Use um espelho para ver como é seu corpo, como ele funciona, como você reage aos estímulos, etc. Sem medo!

Masturbação e saúde: evidências científicas

Um estudo afirmou que é possível que ejaculações frequentes durante a vida adulta diminuam a chance de risco de câncer de próstata na “melhor idade”, mas até hoje não se achou uma comprovação disso.

Já outro apontou exatamente o contrário: que homens com vida sexual ativa entre seus 20 e 30 anos têm maior probabilidade de desenvolver câncer de próstata no futuro. As chances de desenvolver a doença aumentam se a masturbação for um ato frequente.

Ou seja, quem se masturba muito quando jovem, aos 50 ou 60 anos, tem mais chance de ter câncer de próstata. Os pesquisadores acreditam que isso tem a ver com os hormônios masculinos. Porém, como não é possível afirmar uma coisa ou outra com certeza, a relação entre masturbação e câncer de próstata permanece um mistério.

Mas tem outro caso clínico no qual a masturbação tem um benefício real: no alívio para quem sofre da síndrome das pernas inquietas (SPI). Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que a masturbação alivia cerca de 7% a 10% das pessoas que sofrem da condição. Isso pode ser devido a liberação de dopamina após o orgasmo, que pode ser determinante no alívio dos sintomas da doença.

 

Técnicas de masturbação

Masculina

Masturbação masculina.

Existem variações sobre masturbação, que depende de vários fatores, e cada técnica é individual. A maioria dos homens se masturbam ao agarrar o pênis com a mão, passando de cima para baixo ou de trás para a frente, dependendo da posição do indivíduo. Outros, que não utilizem todo o lado aderência, pressionam a região do frenulum entre os dedos indicador e medio e o polegar pelo outro lado. Outra técnica é usar duas mãos sobre o pênis, enquanto uma só esfrega seu pênis com um lado e outra estimula os testículos ou mamilos, entre outras partes do corpo.

Os homens não circuncidados, normalmente, não requerem o uso de lubrificantes, uma vez que o prepúcio atenua os efeitos da fricção direta sozinho. Embora esse sentimento é usado para adicionar à sua atividade. O uso de lubrificantes é mais comum entre os homens que têm pênis circuncidado, a fim de facilitar o deslizamento da mão sobre a glande. Existem aparelhos mecânicos e elétricos para os homens se masturbarem, como bonecas infláveis, vaginas artificiais, bombas de vácuo, etc. Homens também podem utilizar vibradores, concentrando a sua atividade na região do frenulum.

Feminina

Masturbação feminina.

A técnicas de masturbação feminina (imagem) constitui que a mulher pressione e/ou esfregue sua vulva, especialmente o clítoris, com o seu dedo indicador e/ ou dedo médio. Às vezes, um ou mais dedos podem ser inseridos na vagina para promover a estimulação interna. A masturbação pode ser auxiliada com um vibrador, dildo ou bolas Ben-wa, que também pode ser usado para estimular a vagina e o clitóris.

No caso da masturbação praticada pelas mulheres quase sempre predominou uma maior repressão por parte da sociedade em relação à masturbação masculina, o que se enquadra no contexto da sexualidade feminina.

Sempre existiu o temor de que se uma adolescente masturbar-se com objetos poderia perder sua virgindade, o que não é verdade, embora em raríssimos casos possa ocorrer uma ruptura do hímen.

No entanto, a masturbação feminina tem representado uma espécie de libertação sexual e de alívio para muitas mulheres. Seja na busca do orgasmo que nem sempre é alcançado numa relação sexual com o parceiro ou então para o conhecimento do próprio corpo e até mesmo para preencher os momentos de solidão. Serve também como um complemento após o coito já que o prazer feminino é contínuo e mais longo do que o orgasmo masculino, o qual termina com a ejaculação.

Assim, é possível que o sentimento de superioridade machista, ao lado das ideias religiosas, tenha reprimido tão severamente a masturbação das mulheres até os dias de hoje.

Actualmente, muitos casais têm experimentado na masturbação mútua uma nova forma de prazer sexual. Seja como um método contraceptivo no período fértil da mulher ou para diversificar as relações sexuais, inclusive como uma preliminar, pois tem-se verificado que a observação de atos masturbatórios praticados pela mulher pode ajudar na excitação do homem.

Sabe-se também que o tempo gasto numa masturbação feminina pode ser bem mais longo e muito mais intenso do que numa relação sexual com penetração, embora nem sempre a mulher tenha vontade de procurar o prazer sexual tocando no próprio corpo. E, ao contrário da masturbação masculina, em que o desejo sexual pode diminuir após a ejaculação, muitas mulheres ficam até mais excitadas depois que se masturbam, ao invés de se sentirem aliviadas, tornando-se, portanto, uma preparação para o sexo penetrativo.